Mostrando postagens com marcador Questões Étnicas Raciais na Educação: Sociologia e História. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Questões Étnicas Raciais na Educação: Sociologia e História. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 6 de julho de 2009

HISTÓRIA DA ÁFRICA - HISTÓRIA E CULTURA DOS AFRO-DESCENDENTES NO BRASIL

Na interdisciplina de Questões Étnico-Raciais na Educação: Sociologia e História tivemos uma atividade sobre: história da África- história e cultura dos afro-descendentes no Brasil, com o objetivo de sensibilizar, a partir das trajetórias memoriais de identidade étnica e estudos sobre identidade, para o desenvolvimento da identidade racial e cultural dos afro-brasileiros. Identificar e refletir sobre a importância da história na formação identitária negra no Brasil. Conhecer as dimensões da expressão afro-cultural da diáspora negra, no sentido de qualificar o ensino-aprendizagem do aluno afro-descendente.
Convidei a colega e professora do ensino médio, da escola na qual trabalho para auxiliar-me no trabalho sobre os afro-descendentes. Neste dia a professora Marilú, trabalhou com os alunos e soube envolve-los em suas atividades sobre os afro-descendentes. Inicialmente ela contou a história do Arco-Íris Mágico, o Negrinho Manquévi que salvou a África da seca. Em seguida ela conversou sobre a história desse povo, seu sofrimento, as lutas, a libertação até os dias atuais. Então, ela fez o seguinte questionamento para os alunos: Imaginem vocês, sendo arrancados de casa, sendo jogados e acorrentados num navio sem as mínimas condições de higiene, passando fome, indo para um lugar desconhecido para trabalhar como escravo. Como vocês se sentiriam? Foi um momento importante, de reflexão, os alunos assustados e mais atentos ainda as explicações da professora. Alguns até ficaram com lágrimas nos olhos.
Ela mostrou fotos dos trabalhos realizados com alunos numa escola do Município vizinho sobre os afro-descendentes. Assistimos o Hino Nacional Brasileiro ao som dos instrumentos e imagens dos afro-descendentes. No power point, assistimos belas imagens sobre a África, suas belezas naturais, e as mais variadas obras construídas pelos homens na áfrica. Conversamos sobre os símbolos da cultura africana e seus significados. As comidas típicas que são o quindim, a feijoada, o pirão, a canjica. A colega ainda falou sobre as religiões afro-descendentes, e destacou que as predominantes aqui no Brasil são o Candomblé e Umbanda e que seus rituais acontecem seguidamente no Mercado Público de Porto Alegre.
Para concluir esta parte, a colega Marilu, levou-nos até o pátio da escola onde fizemos um ritual africano, sambamos e brincamos de estátua ouvindo as músicas dos afro-descendentes. Foi um momento de descontração e aprendizado.
Além de valorizar o conhecimento e o trabalho da colega Marilú, da nossa escola, tivemos a oportunidade de conhecer a beleza e a complexidade de ser um arfo-descendente despertando nos alunos o interesse pelas diferentes formas de produção cultural, e eles compreenderam que a cultura é um instrumento de transformação social.

domingo, 10 de maio de 2009

OLHARES SOBRE O RACISMO



Construir a vida é fazer parte da história da humanidade. Somos e carregamos a história de múltiplos personagens que atuam em nossa trajetória de vida. Uma atuação às vezes tímida, discriminada, porém sentida de forma intensa enquanto ser humano. Não podemos silenciar nossa própria história, nossa própria vida. Devemos ter um olhar sobre os afro-descendentes, negros e negras principalmente, o mais próximo da nossa capacidade de lançar um olhar múltiplo para poder enxergar de forma complexa as cenas cotidianas, vividas, sentidas em nossas escolas e ás vezes não compreendidas.
Quando entrevistei alunas negras elas contaram que na escola não tiveram problemas com racismo, mas nas lojas, na rua e até na família do esposo que é branco elas são muitas vezes descriminadas. Uma delas até disse: “É bem sofrido ser negra.”
O negro faz parte de uma história de lutas e as lutas históricas fazem parte do ser negro. O Combate à discriminação e ao preconceito deve ser uma luta constante na busca pela eliminação da discriminação no emprego; pela promoção da igualdade de direito e da igualdade de oportunidade para negros e negras e afro-descendentes; pela implementação da justa distribuição de renda e pelo investimento nos projetos de educação profissional entre outras. Luta pela sobrevivência e pelos direitos humanos na sua forma mais simples e universal: a da vida em sua totalidade.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

QUESTÕES ÉTNICO-RACIAIS NA EDUCAÇÃO


A construção do mosaico étnico-racial em sala de aula possibilitou aos alunos um novo modo de ver o universo, a vida e o mundo das relações sociais.
Os alunos foram desafiados a pesquisar sobre seus ancestrais para que pudessem entender melhor a si e aos outros. A identidade assumida positivamente é fundamental para a auto-estima da pessoa. Muitos deles ficaram surpresos ao descobrir que tinham características físicas de índios, negros, caboclos, alemães...
Como educadora, aproveitei a oportunidade e fiz uma reflexão sobre as minhas práticas em sala de aula, e os alunos mostraram com este trabalho, que o conhecimento é uma construção espontânea.
Segundo Piaget, o aluno é um sujeito cultural ativo cuja ação tem dupla dimensão: assimiladora e acomodadora. Pela assimilação ele produz transformações no mundo objetivo. Na dimensão acomodadora produz transformações em si mesmo, no mundo subjetivo.
No relatório escrito dos alunos sobre a atividade étnica-racial percebi bem claro a assimilação e a acomodação, pois eles escreveram o seguinte:
“Eu aprendi que existem várias raças, mas somos seres humanos iguais aos outros. Não podemos ofender as outras pessoas, pois podemos estar ofendendo a nós mesmos”.
“Somos todos iguais, não importa a raça. Devemos respeitar as pessoas, pois elas fazem parte da nossa vida”.

terça-feira, 31 de março de 2009

EU E OS OUTROS



Sou a Rosilaine, tenho olhar firme, rosto arredondado, cabelo castanho e ondulado. Pareço-me muito com minha mãe e descobri que minha bisavó era cabocla. Daí o nosso cabelo quase encaracolado e arrepiado. Alguns traços da face lembram os ancestrais paternos que eram poloneses.
A atividade da interdisciplina de Questões Étnicas Raciais na Educação: Sociologia e História possibilitaram-me uma aproximação maior com minha mãe. Procurei-a para realizar essa tarefa, e na busca da ancestralidade rimos muito e eu acabei descobrindo que sou descendente de caboclo.
É importante saber quem somos, quem foram nossos antepassados e analisar nossa identidade para que possamos nos aceitar do jeito que somos.