Ao analisar as postagens referentes ao eixo VI da Interdisciplina de Questões Étnicos Raciais na Educação: Sociologia e História relembrei o quanto esta disciplina foi importante para mim e para os meus alunos. Realizamos belíssimos trabalhos e aprendemos que construir a vida é fazer parte da história da humanidade. Somos e carregamos a história de múltiplos personagens que atuam em nossa trajetória de vida. Uma atuação às vezes tímida, discriminada, porém sentida de forma intensa enquanto ser humano. Não podemos silenciar nossa própria história, nossa própria vida. Devemos ter um olhar sobre os afro-descendentes, negros e principalmente, o mais próximo da nossa capacidade de lançar um olhar múltiplo para poder enxergar de forma complexa as cenas cotidianas, vividas, sentidas em nossas escolas e ás vezes não compreendidas.
Entrevistei alunas negras elas contaram que na escola não tiveram problemas com racismo, mas nas lojas, na rua e até na família do esposo que é branco elas são muitas vezes descriminadas. Uma delas até disse: “É bem sofrido ser negra!”
O negro faz parte de uma história de lutas e as lutas históricas fazem parte do ser negro.
O negro faz parte de uma história de lutas e as lutas históricas fazem parte do ser negro.
O Combate à discriminação e ao preconceito deve ser uma luta constante na busca pela eliminação da discriminação no emprego; pela promoção da igualdade de direito e da igualdade de oportunidade para negros e negras e afro-descendentes; pela implementação da justa distribuição de renda e pelo investimento nos projetos de educação profissional entre outras. Luta pela sobrevivência e pelos direitos humanos na sua forma mais simples e universal: a da vida em sua totalidade.
Durante o Estágio Curricular Supervisionado alguns colegas descriminavam o F. que tinha o cabelo ruivo, era baixinho e vinha sujo para a escola. Tive que fazer um trabalho de conscientização para que todos respeitassem as diferenças individuais de cada um. A identidade assumida positivamente é fundamental para a autoestima da pessoa.
Como educadora, aproveitei a oportunidade e fiz uma reflexão sobre as minhas práticas em sala de aula, e os alunos mostraram com este trabalho, que o conhecimento é uma construção permanente. A turma escolheu a seguinte frase como lema: “Somos todos iguais não importa a raça, devemos respeitar as pessoas, pois elas fazem parte da nossa vida”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário