No eixo V, 2008/2 realizamos a análise da escola do ponto de vista de um espaço de convívio, conflitos típicos da idade adulta e desafios na relação aluno professor. Nesta reflexão fiz um recorte de algumas postagens realizadas ao longo deste semestre englobando algumas interdisciplinas.Na interdisciplina de Escola Cultura e Sociedade vimos que Paulo Freire ponderou com prioridade que ensinar/aprender deve ser uma experiência total, coletiva, política ideológica, pedagógica estética e ética que a boniteza deve achar-se de mãos dadas com a decência e a seriedade.
Podemos destacar ainda que, segundo Freire, o ensinar exige rigorosidade metódica, presença de educandos e educadores criadores, instigadores, inquietos e persistentes. Freire diz também que os educadores não devem estar demasiadamente certos de suas certezas.
Sou uma sonhadora e acredito que mudar é difícil, mas não impossível. Temos o dever de estimular e acolher os alunos, pois todos têm o direito à educação, seja pobre, rico, jovem ou adulto. Ser professor não é tarefa fácil, pois exige: bom senso, humildade, segurança, respeito, generosidade, liberdade, autoridade, decisões, conhecimento, diálogo... Mas para quem acredita que educação transforma, o trabalho torna-se prazeroso e satisfatório.SER PROFESSORANa interdisciplina de Projeto Pedagógico em Ação aprofundamos nossos estudos sobre a seguinte questão: Qual é o papel do educador e da escola para dar sentido a educação diante das enormidades? (internet, consumismo, competitividade...) Acredito que o mais importante saber perguntar do que responder. Nós devemos formar cidadãos que saibam perguntar. O nosso papel é criar neles o desejo do conhecimento através de projetos por interesse. Nestes momentos vão surgir muitos conflitos e a certeza de que aprendemos quando desejamos buscar conhecimento.
Os Projetos de Aprendizagem são muito importantes para a nossa formação bem como dos nossos alunos. É preciso o envolvimento e a cooperação do grupo para que ocorra a aprendizagem. A produção do conhecimento tem quatro características básicas:
1ª descontentamento, busca do novo;
2ª experimentarão, busca das respostas;
3ª a universalidade; somos extremamente atrevidos. Quando começamos a buscar conhecimento não paramos mais. O desejo de aprender é um atributo da condição humana.
4ª é preciso apostar, correr riscos e o mais importante é o engajamento.E ele só existe se há diálogo.
Sabemos que a educação não tem receita pronta e por isso ela se torna um desafio. Lidar com gente é sempre imprecisamente. E, por não sermos Deuses e nem animais somos capazes de reconhecer nossos limites. E mais capazes ainda de produzir conhecimentos. RELER E REESCREVER A ESCOLA
Em Psicologia da vida adulta vimos que para Piaget, a inteligência depende da ação do sujeito sobre os objetos, numa espécie de diálogo entre estruturas internas e a realidade externa. Nas palavras do próprio cientista: “As estruturas operativas não resultam de aprendizagem nem de programa hereditário inato: assim não podem nascer senão de uma construção”.
Temos o domínio do pensamento lógico e dedutivo, o que nos habilita à experimentação mental. Isso implica, entre outras coisas, relacionar conceitos abstratos e raciocinar sobre hipóteses. Mesmo assim, precisamos como as crianças de estímulos para procurar conhecimento.
Essa busca está relacionada com a teoria de que o meu desenvolvimento cognitivo se dá na relação com o meio, ou com outros sujeitos, embora ele seja único e individual. Como afirma Maturana:
A educação é um processo em que a criança ou o adulto convive com o outro e, ao conviver com o outro, se transforma espontaneamente, de maneira que seu modo de viver se faz progressivamente mais congruente com o do outro (MATURANA, 2001. p. 29). APRENDIZAGEM NA VIDA ADULTA
Ao longo deste curso fomos alunos do PEAD e educadores criadores, instigadores, inquietos e persistentes por isso que chegamos ao final desta graduação.
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