segunda-feira, 3 de maio de 2010

REFLEXÃO TERCEIRA SEMANA DE ESTÁGIO 26/04 a 30/4

A cada semana que vão surgindo novos desafios, incertezas e insegurança. No momento, a minha maior dificuldade é escrever o que está acontecendo na prática. Estou preocupada com isso, e às vezes, fico angustiada, perdida, sem rumo e sem direção.
Esta semana foi bem produtiva consegui vários progressos. O que ainda me assusta é a dificuldade que eles têm em produzir algo sozinho tanto na escrita, como na resolução de problemas e consequentemente nas demais disciplinas. Tudo parece difícil para eles, eram acostumados a receber tudo pronto. Tenho que admitir que para eles está sendo desafiador ter que sair do comodismo e produzir alguma coisa.
As pesquisas em Educação Matemática apontam para mudanças no ensino. Em 1632, Comenius já apontava:
Pretendemos apenas que se ensine a todos a conhecer os fundamentos, as razões e os objetivos de todas as coisas principais, tanto das que existem na natureza, como das que se fabricam, pois somos colocados no mundo não somente para que nos façamos de espectadores, mas também de atores. (Comenius. Didática Magma. Fundação Calouste Gulbenkian, p.146.)
No século XVII, já se buscava mudanças na educação e é isso que estou fazendo hoje, fazendo diferente no sentido de promover uma aprendizagem com compreensão e que valorize o papel ativo do aluno na construção de seu conhecimento e na transformação de seu ambiente.
Os jogos de tem um papel direto no desenvolvimento cognitivo. Para Vygotsky, é a partir da brincadeira que as crianças desenvolvem o pensamento abstrato. Além disso, Vygotsky via na brincadeira uma forma de a criança entrar em contato com os conteúdos e desafios além da sua capacidade atual, o também estimula o seu desenvolvimento.
Percebi que a maioria estava encontrando dificuldades para resolver os problemas de divisão. Fui até a biblioteca, trouxe material concreto, deixei-os fazerem e fiquei observando. Logo perguntaram: Professora o que está escrito? Como se faz? Pedi para eles lerem, pedirem ajuda aos colegas do grupo. Aí começou uma troca de informações, discussões se faz assim um dizia, outro, não é assim. Viu, eu disse que estava certo. Aproveitei e deixei jogarem dominó da adição, subtração, multiplicação e divisão. Só tem um jogo de cada, eles fizeram quatro grupos e aí a discussão começou. É assim, não, se joga assim, vamos pensa não é só eu que vou dizer as respostas. Eles nunca haviam jogado dominó.
Durante esta semana aprendi que é importante ter paciência, os resultados não vão aparecer imeditamente de uma hora para outra. É preciso acreditar e persistir na missão de ser educador.

Referência bibliográfica
CENTURIÓN, Marília Porta aberta matemática – 1.ed.São Paulo: FTD, 2005 – Coleção Porta Aberta.
VYGOTSKY. L.S. (1998) Linguagem desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone/EDUSP

Um comentário:

Simone Bicca Charczuk disse...

Rosi!! Muito legal essa tua postagem, resgata a atividade realizada e vai além, trazendo as aprendizagens que construiste a partir dela. Abração!!