segunda-feira, 21 de junho de 2010

AVALIAÇÃO ESCOLAR

Foi a partir do segundo semestre de 2009, que a comunidade escolar passou a repensar o sistema de avaliação da escola. A avaliação de forma contínua e cumulativa deveria acompanhar, analisar pensar, atender e intervir. Ficou decidido então, que a avaliação, deveria ser em forma de relatório e constituiria em:
* Observar o aluno e registrar seu desenvolvimento e/ou dificuldades, considerando as áreas cognitivas, afetivas, sociais e psicomotoras. Estes registros dariam suporte para a produção de um relatório a respeito das construções do aluno, em períodos de três meses;
* Propor momentos de auto-avaliação;
* Promover espaço para ouvir os pais (responsáveis) dos alunos em relação à sua vida como aluno e à escola como um todo.
Para que esta mudança fosse possível e para que os professores tivessem maior segurança , foi oportunizado um dia de formação sobre este assunto. Luciane Torezan Veigas foi a palestrante escolhida e destacou alguns pontos importantes ao escrever um relatório de avaliação:
* Análise reflexiva do processo de construção do conhecimento da criança;
* Os objetivos norteadores da análise do desenvolvimento da criança devem transparecer no relatório;
* Evidenciar a inter-relação entre objetivos socioafetivos e e cognitivos a serem alcançados.
Nos sentimos inseguros, no entanto, foi muito bom avaliar os alunos desta maneira. No relatórios de avaliação consegui expressar com objetividade e riqueza o processo vivido pelo aluno durante o trimestre. O que deu fundamento a o relatório foi o cotidiano do aluno acompanhado por mim através das anotações de suas descobertas, de suas falas, de suas conquistas que fizeram nas diferentes áreas do conhecimento.

domingo, 20 de junho de 2010

REFLEXÃO DA DÉCIMA SEMANA DE ESTÁGIO

O Estágio Curricular Supervisionado parecia que não iria acabar, era tão distante e hoje, ele é mais uma etapa vencida em minha vida. Assim que acabou despedi-me da turma com alívio e a certeza do dever cumprido, sabendo que cresci profissionalmente, aprendi, venci e principalmente, consegui ouvir meus alunos, estabelecer vínculos afetivos e proporcionar momentos significativos de aprendizagem que fizeram à diferença na vida desses alunos.
Retornei a escola para entregar as avaliações trimestrais, ouvi dos pais muitos elogios pelo trabalho realizado e lamentações por não continuar na turma.
Quando me viram, as crianças correram ao meu encontro, me abraçaram e reforçaram todo o carinho que haviam por mim demonstrado na festinha de despedida.
Mais uma vez fiquei muito feliz com os resultados positivos desta linda caminhada.

REFLEXÃO DA NONA SEMANA DE ESTÁGIO 7/6 à 11/6

Refletir sobre o planejamento semanal me faz crescer profissionalmente, me faz perceber o quanto foi prazeroso construir novos conhecimentos com os alunos, e avaliar pontos positivos e negativos enxergando novas possibilidades de progredir e avançar cada vez mais.
Nesta última semana os alunos apresentaram para os demais colegas da turma os Projetos de Aprendizagem que haviam desenvolvido durante as semanas anteriores. Os alunos se prepararam para apresentar os trabalhos, fizeram cartazes, maquetes, teatro e até usaram vídeos explicativos retirados da internet durante as pesquisas.
Logo após as apresentações, realizamos a avaliação coletiva. Cada aluno pode opinar, eu fui anotando no quadro os conceitos atribuídos a cada um deles. Surpreendi-me com a maturidade e a seriedade dos alunos. Eles concordaram ou discordaram com segurança justificando os conceitos atribuidos.
Essa postura que os alunos tiveram foi a confirmação de que é possível realizar um trabalho diferente. Como professora, eu assumi o papel de orientadora, criei condições para que os alunos avaliassem os seus trabalhos, proporcionei diálogo e cooperação de forma participativa, eles tiveram condições para se desenvolver e adquirir novos conhecimentos. Dessa forma, aceitei os alunos valorizando seus conhecimentos seu desenvolvimento e suas descobertas.
A coragem de ousar, de fazer diferente é resultado das práticas da interdisciplinas desenvolvidas ao longo do curso.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
FERREIRA, Lucinete. O contexto da prática avaliativa no cotidiano escolar. In:_____. Retratos da avaliação: conflitos, desvirtuamentos e caminhos para a superação. Porto Alegre: Mediação, 2002. p.39-61.
GOÑI, Javier Onrubia. Rumo a uma avaliação inclusiva. Pátio, Porto Alegre, n. 12, ano 3, p. 17-21, abr./fev., 2000.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

REFLEXÃO DA OITAVA SEMANA DE ESTÁGIO 31/5 à 4/6

Nesta semana durante o recreio, no jogo de futebol, aconteceu um desentendimento com os alunos da minha turma. Eles se agrediram verbalmente. Quando retornamos para a sala de aula, fizemos a roda de conversa com todos os alunos da turma. Democraticamente, cada um dos envolvidos pôde relatar os fatos. Os outros só ouviam. Acabado os relatos dos fatos, eu questionei-os. O que vocês fizeram está certo? Essas são as regras que vocês estabeleceram? Vocês estão cumprindo com os seus deveres? Os pais em casa resolvem pequenos conflitos com agressões verbais? Caso aconteça uma discordância num estabelecimento, ou até mesmo no trânsito vocês vão partir para as agressões verbais? Eles refletiram, tomaram consciência dos seus atos e espontaneamente pediram desculpas uns aos outros.
Para concluir minha fala disse aos alunos: Eu confio em vocês, sei que são capazes de brincarem sozinhos sem agressões e sem um professor do lado vigiando vocês. Somos todos amigos e um devemos cuidar um do outro.
No início do ano, os desentendimentos eram frequentes. Ao longo de nossas conversas os alunos foram assimilando que é fundamental o respeito um pelo outro, e que as regras foram estabelecidas pelo grupo para auxiliar o bom desenvolvimento dos trabalhos e das relações interpessoais.
Diversas vezes queremos passar conteúdos, no entanto, são esses os momentos de grande aprendizagem. Dialogar com os alunos e ouvi-los, resolvendo pequenos conflitos que aparecem no dia-a-dia é muito importante para o desenvolvimento moral.
Lembrei-me que este assunto foi desenvolvido na teoria, na interdisciplina de psicologia, no I semestre de 2009 e agora aconteceu na prática, no durante do Estágio Curricular.
Dessa forma, conclui que a teoria é utilizada para ser mediada, para ao encontrar a prática, auxiliar em tomadas de decisões.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
CARMARGO, Liseane Silveira: As relações interpessoais e o desenvolvimento da moralidade: reflexões sobre as práticas escolares